Moraes reforça vigilância na casa de Bolsonaro após risco de fuga para embaixada dos EUA
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) o reforço do policiamento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF), que apontou risco concreto de fuga do ex-mandatário para a Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 10 minutos de sua casa.
De acordo com a decisão, a Polícia Penal do Distrito Federal deverá monitorar em tempo integral a tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro e designar uma equipe policial para vigilância permanente no entorno da residência. Moraes destacou que o acompanhamento deve ser feito com discrição, sem exposição midiática, nem medidas que invadam a privacidade do ex-presidente ou causem incômodo à vizinhança.
No ofício enviado ao STF, a PF argumentou que uma eventual ida de Bolsonaro à Embaixada americana poderia comprometer a aplicação da lei penal, já que representações diplomáticas são consideradas extensão do território estrangeiro e estão fora do alcance direto da Justiça brasileira.
A solicitação da PF recebeu apoio do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que defendeu vigilância constante, mas sem atos intrusivos. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também havia feito pedido semelhante.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, com uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. Ele está proibido de usar celular e só pode receber visitas autorizadas pela Justiça, exceto de advogados e familiares.
