Português (Brasil)

Governo Lula oferece proposta de reajuste para Polícia Civil do DF de 24,3%

Governo Lula oferece proposta de reajuste para Polícia Civil do DF de 24,3%

Categoria pede paridade com a PF, mas Planalto mantém posição contrária

Compartilhe este conteúdo:

O governo Lula voltou a negociar com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e apresentou uma nova proposta de reajuste salarial. Depois dos 18,9% rejeitados pelos policiais, a equipe do presidente Lula ofereceu um aumento de 24,3%, dividido em duas parcelas: a primeira já na folha de setembro, paga em outubro, e a segunda em abril de 2026.

O pedido original da categoria era a paridade com a Polícia Federal, possibilidade descartada pelo Planalto. Mesmo assim, a contraproposta foi considerada um avanço em relação às negociações anteriores.

“Reconhecemos que o governo Lula sempre teve diálogo com os servidores públicos. Houve um avanço de um percentual que era de 18% para 24,32% dividido em duas parcelas, uma em setembro e outra em abril. Os sindicatos vão primeiro fazer as suas avaliações e, claro, quem vai decidir e deliberar será a categoria, depois, em assembleia”, declarou Enoque Venancio de Freitas, presidente do Sinpol-DF.

Enquanto a reunião ocorria no Ministério da Gestão e Inovação (MGI), policiais realizaram uma assembleia na parte externa do prédio, mas a decisão sobre aceitar ou não a oferta ficará para outro encontro, ainda sem data definida. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, defendeu que a negociação está próxima de um consenso.

“O governo federal apresentou uma proposta que melhora as condições apresentadas na última reunião, mas ainda não atende à expectativa da Polícia Civil. A justa expectativa de se alcançar a paridade com a PF. Mas os sindicatos demonstraram que estão também suscetíveis a uma negociação onde haja uma aproximação”, afirmou.

O deputado Rafael Prudente (MDB-DF), presente no encontro, ressaltou o impacto dos reajustes já concedidos.

“Estamos falando de um aumento de quase 50%, só neste governo”, disse.

Já a deputada Érika Kokay (PT-DF) defendeu a continuidade das tratativas: “Vamos continuar buscando o que for necessário para que nós possamos ter um reajuste que seja digno”.

As conversas contaram com a articulação da senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), da própria Érika Kokay e da ministra Esther Dweck (MGI), além da ministra Gleisi Hoffmann (SRI). Apesar do impasse sobre a paridade com a Polícia Federal, a avaliação de parlamentares e representantes do DF é de que a proposta mais robusta pode abrir caminho para um acordo.

Compartilhe este conteúdo: