O movimento foi impulsionado pela deterioração dos juros futuros e pela queda da bolsa, refletindo o aumento das preocupações com o risco fiscal e a pressão inflacionária.

A piora no humor dos investidores ocorreu após declarações do presidente Lula e do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Em um evento em Rio Grande (RS), Lula afirmou que a economia crescerá acima do previsto e que "dinheiro na mão de pobre é o que vai salvar o país", sinalizando uma possível ampliação dos gastos públicos para estimular a atividade econômica em meio à alta dos juros. Já Marinho antecipou que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontará a criação de mais de 100 mil empregos em janeiro, indicando um mercado de trabalho aquecido, fator que dificulta o controle da inflação pelo Banco Central.

Enquanto isso, no cenário internacional, o câmbio seguiu estável, com investidores acompanhando o encontro entre Donald Trump e Emmanuel Macron em busca de uma solução para o conflito na Ucrânia.

No fechamento, o dólar à vista atingiu a máxima do dia, cotado a R$ 5,7560, com alta de 0,44%. Na mínima, chegou a R$ 5,7080. O dólar futuro para março avançava 0,55%, sendo negociado a R$ 5,7715.

No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, operava praticamente estável (+0,01%), aos 106,626 pontos. O euro subia 0,09%, cotado a US$ 1,0470, enquanto a libra registrava leve queda de 0,06%, a US$ 1,2628.